Como assim? Que título é esse, pô? Não tem vagalume vermelho! Na linha Uno 2017 tem! Tem porque vagalume vem do nome em inglês do motor (Firefly) e vermelho vem da simpática cor da carroceria. Mas o vagalume vermelho tem mais atrativos além do eficiente motor. E uns pequenos apagões. Descubra no teste que fizemos na versão Attractive 1.0.
Uma das coisas bacanas que o Uno Attractive 1.0 tem é o assistente de partida em rampa (cujo nome em inglês é Hill Holder), principalmente numa cidade como Belo Horizonte, onde você constantemente tem que arrancar em subida (em semáforos, em ruas íngremes). Com esse sistema, que atua nos freios, você arranca tranquilamente sem deixar o carro voltar e ainda dá aquela risadinha no retrovisor para o motorista que parou colado na traseira do Uno. Por outro lado, falta um simples sensor de estacionamento traseiro, que ia ajudar bastante nas manobras em marcha à ré.
Outro bagulho que facilita a vida do motorista no Uno 2017 é a direção com assistência elétrica. Assim como em todas as outras versões, a Attractive tem a função City que, ao ser acionada por meio de um botão no painel, deixa a direção incrivelmente leve nas manobras de estacionamento (a Fiat fala em 50% mais leve). Você vira o volante com um dedo. A assistência elétrica também vai cair nas graças do motorista pão-duro, pois, segundo os engenheiros da montadora italiana, em termos de consumo energético, ela corresponde a aproximadamente 8% do consumo de um sistema de assistência hidráulica, o que ajuda na redução de consumo de combustível.
Nada de ficar pendurando na chave para ligar o carro. O pacote tecnológico do novo Uno inclui o que a Fiat chama de sistema de partida assistida. Basta o motorista virar a chave em um leve toque e tirar a mão que o próprio sistema aciona o arranque até que o motor funcione. Há ainda a função Tip Start, que evita partidas que possam danificar o veículo, como, por exemplo, tracionar o veículo no motor de partida.
Se você, por distração ou curtição, abusar e entrar quente naquela curvinha fechada, fique tranquilo. Tá de boa. O Attractive 1.0 conta um anjo da guarda chamado controle eletrônico de estabilidade. Ele identifica o perigo e, por meio de aplicação do freio de forma individual em cada roda e dosagem do torque-motor para limitar a perda de controle por derrapagem, e te devolve o controle da situação. O novo pacote tecnológico do Uno também te dá uma mãozinha na hora de arrancar em pisos escorregadios, tipo uma lamazinha básica. Com a ajuda dos sistemas TC (controle de tração) e ASR (Anti-Spin Regulation), que evitam que as rodas patinem, você sai numa boa.
Agora o papo é o vagalume. Vamos lá. A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) batizou a sua nova família global de motores (incluindo um 1.0 de três cilindros e um 1.3 de quatro canecos) de Firefly, que, em inglês, quer dizer vagalume. E o papo vai rolar só sobre o 1.0, que gera potências de 72cv (gasolina) e 77cv (etanol) e torques de 10,4kgfm (gasolina) e 10,9kgfm (etanol), que equipa a versão avaliada (Attractive). Ele usa duas válvulas por cilindro e alta taxa de compressão (13,2:1), o que na prática garante bom torque em baixas rotações, ou seja, o carro fica mais esperto, principalmente no trânsito urbano. Ao contrário do que se espera de um três cilindros, o Firefly não é barulhento e nem vibra muito.
E o vagalume não é guloso. A Fiat ressalta que uma das marcas do Firefly é o baixo consumo e isso rolou na prática. No conturbado trânsito de BH, num calor de mais de trinta, ar ligado, só o motorista e gasolina no tanque, o computador de bordo registrou médias de quase 13km/l. Já na estrada, sem carcar o pé, mas com ar ligado, passou fácil dos 15km/l. O câmbio também entra nesta conta, com relações de marcha bem alongadas, voltadas mais para a economia. O senão fica por conta do curso longo da alavanca para engatar a quinta marcha.
A Attractive 1.0 tem preço básico de R$ 42.680 e vem de fábrica com ar-condicionado, direção elétrica com função City, brake light + sinalização de frenagem de emergência, faróis de neblina, função Lane Change para auxiliar o comando de seta, computador de bordo, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, trava elétrica nas portas com acionamento automático a 20 km/h, quadro de instrumentos iluminado com conta-giros, welcome moving e display LCD de alta resolução equipado com computador de bordo A e B e volante multifuncional para comando das funções do computador de bordo.
Com os kits Tech Live On (chave canivete com telecomando e alarme, rádio Connect integrado ao painel com bluetooth e comandos do rádio e telefone no volante (o básico tem apenas botões para computador de bordo à esquerda), retrovisores elétricos com tilt down (baixa automaticamente ao se engatar a ré) e repetidores de seta, colunas B pretas e vidros traseiros elétricos com um-toque), que soma R$ 4.009, e Comfort (terceiro apoio de cabeça e cinto de três pontos traseiro, apoios para os braços à frente e para o pé do motorista, banco traseiro bipartido, comando interno do porta-malas e da tampa de combustível, console no teto, espelho para o motorista, porta-objetos e óculos e revestimento mais refinado dos bancos), que acrescenta R$ 680, e a pintura perolizada, o preço sobe para R$ 48.681.
Esqueceu de falar do visual, né? É verdade. Mas é que as mudanças foram tão poucas que podem realmente passar batido. Por fora, as alterações estéticas se concentram na frente, com nova grade e novo para-choque. Por dentro, mudou o grafismo dos instrumentos, a escala dos mostradores e as indicações do sistema de ar-condicionado.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
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