Tracker sob medida

Não está fácil competir no segmento dois utilitários esportivos, os chamados SUVs. Mas o Chevrolet Tracker parece estar preparado para o embate, ainda mais que agora tem motor 1.4 turbo sob o capô competente, embora pudesse beber um pouco menos. Sua identidade visual também segue a mesma linha do irmão de marca, e está bem atual e interessante. Posição de dirigir que transmite segurança e acabamento interno sem firulas, complementam a história.

O design do Tracker é agradável e interessante, nada muito rebuscado e futurístico: o suficiente
O design do Tracker é agradável e interessante, nada muito rebuscado e futurístico: o suficiente

Na avaliação feita pelo Acelera Aí, rodamos bastante no circuito cidade/estrada. Em ambos os ambientes, o desempenho foi ponto de destaque. Apesar da baixa cilindrada, o turbo dá uma segurança saudável sobretudo nas ultrapassagens. E também nas retomadas de velocidade o comportamento dinâmico do Tracker satisfaz. O consumo poderia ser melhor. Com gasolina no tanque, faz 10 km/litro na cidade e menos que 12 km/l na estrada.

O câmbio automático de seis marchas tem programação novas e adequadas ao motor quatro cilindros turbo, e as trocas acontecem na hora certa, sem trancos ou sustos. O sistema start-stop, aquele que desliga o motor temporariamente para economizar combustível, é uma ótima pedida para o trânsito urbano. Mas o motorista pode evitar o recurso, para isso, basta colocar o câmbio no modo manual.

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A suspensão parece estar bem acertada e absorve sem problemas as irregularidades do piso esburacado nacional, sem prejudicar o conforto dos passageiros. Principalmente de quem viaja na parte traseira do habitáculo.
Com volante compacto e de boa empunhadura, o SUV tem um painel pouco rebuscado e segue o design de toda família. O My Link, que é a central multimídia da Chevrolet, é fácil de mexer, bem autoexplicativo mesmo.

Ele vem também com o OnStar, o sistema de telemetria venerado pela General Motors que não funcionou durante a avaliação. Parecia estar desabilitada, mas tudo bem, já testamos em outras ocasiões e a iniciativa é bem vinda para quem deseja pagar entre R$ 50 e R$ 80 por mês pelo serviço. Aliás, um verdadeiro mimo para ter um atendente do outro lado da linha consultando informações do Google sobre tempo e temperatura ou a farmácia e restaurante mais próximos.

O design do Tracker é agradável e interessante, nada muito rebuscado e futurístico – o suficiente. Mas que deram ao veículo certa robustez como a adoção da extensa grade dianteira e dos para-choques que envolvem as lanternas. As rodas aro 18 de alumínio tem visual interessante e complementam essa aparência. Aliás, todos SUVs parecem ser “primos”. Não são iguais, mas possuem semelhanças e lembranças de fisionomia e personalidade.

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Legal também no modelo são os faróis em LED. Bem eficientes mesmo e isso é bom para uma maior segurança para quem dirige, principalmente durante a noite.

Sentimos algumas ausências no Tracker, que existem em alguns concorrentes do segmento: controle de tração, programa de estabilidade, acendimento do farol automático e ar-condicionado digital. Para um veículo que passa dos R$ 90 mil, estes recursos deveriam ser de série.

Texto e fotos: Luís Otávio Pires

Ficha Tracker

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