Os fabricantes de caminhões tentam disfarçar o otimismo com relação à 22ª Fenatran, feira dedicada ao setor de transporte rodoviário de carga que abre as portas de 14 a 18 de outubro no São Paulo Expo, na capital paulista. A última edição, em 2017, marcou a retomada do setor, que amargou quedas profundas nos volumes vendidos desde 2014. Embora a perspectiva da edição 2019 seja positiva, os executivos evitam criar um alarde – com receio, talvez, de a expectativa ficar muito acima do resultado de fato.
Mercedes-Benz
A líder do mercado brasileiro de caminhões é a que apresentará as novidades mais impactantes: nova geração do Actros, seu caminhão extrapesado, e da Sprinter, utilitário leve que oferece opções de van, furgão e chassi-cabine. Ambas chegam um ano depois de serem apresentadas mundialmente no IAA, em Hannover, na Alemanha – a principal feira de transportes do mundo.
Tropicalizado
A cabine do Actros, porém, ficou um pouco diferente da europeia. Nada que a desabone: as mudanças foram tão bem aceitas que a versão brasileira pode, inclusive, ser exportada a outros mercados, até na Europa.
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Sprinter
O utilitário da Mercedes-Benz, contudo, está em linha com o design europeu e estadunidense. Surpreende pela ampla oferta de itens de segurança de série – incluindo sistema de frenagem ativa, que freia o veículo sozinho caso detecte algum obstáculo à frente.
Fora-de-estrada
Também com novidades estará a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que apresenta uma versão 4×4 do seu caminhão leve Delivery. A fabricante mira, especialmente, usinas e distribuidoras de energia, que hoje usam picapes na manutenção dos equipamentos e pedem por veículos mais robustos e com mais capacidade de carga.
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Invasão elétrica
Após a Jac Motors apresentar de uma só vez quatro modelos elétricos a Chery traz o Arizo elétrico, seu primeiro modelo sem motor a combustão.
Mostra só para eles
De 1º a 3 de outubro o Transamerica Expo Center recebe o Veículo Elétrico Latino-Americano, salão que reúne cinquenta marcas expositoras e espaço para teste drive de híbridos e elétricos.
Obrigado, ex-presidente
Michel Temer compareceu à inauguração do Gandini Centro Tecnológico, laboratório para homologação de veículos financiado pelo empresário José Luiz Gandini, que representa a Kia Motors no Brasil, em parte com recursos do Inovar Auto.
Muita ajuda ao setor
Segundo Gandini, o ex-presidente teve papel fundamental para a criação do Rota 2030, política destinada ao setor automotivo sancionada por Temer no apagar das luzes de seu governo.
Forcinha para os importados
Foi no governo Temer, também, que caiu a cota de importação sem IPI majorado em trinta pontos para veículos, criada pelo governo Dilma junto com o Inovar Auto para “incentivar a produção local”. Desde janeiro de 2018 só incide aos importados os 35% de imposto de importação.
Para baixo
Mesmo com a queda nas barreiras a vida das importadoras não está fácil: a Abeifa, entidade que representa o setor, reviu para baixo a projeção de vendas. Era 40 mil, caiu para algo em torno de 30 mil a 35 mil unidades. Ano passado foram vendidos 37,5 mil veículos importados.
“2020 está longe, muito longe”
A frase é de Vilmar Fistarol, presidente do Grupo CNH Industrial para a América Latina, quando indagado sobre as projeções para o ano que vem. O executivo evitou, inclusive, dar estimativas para o fechamento deste ano.
Edição: Leandro Alves e André Barros
Colaboraram: Bruno de Oliveira e Caio Bednarski
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