Quando o Argo foi lançado em maio, em São Paulo, a Fiat não disponibilizou para test drive a opção com motor 1.0. Agora, o Acelera Aí pôde dar uma volta pelas ruas e avenidas de BH com a versão de entrada do modelo – que é a grande esperança da Fiat para derrotar o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20. Se, por um lado, o percurso não foi tão grande, em contrapartida, foi no habitat natural do Argo mil: a selva urbana.
Batizada de Drive, a versão tem o mesmo motor 1.0 de três cilindros (Firefly) que já equipa Uno e Mobi e está associado a um câmbio manual de cinco marchas, que teve as relações de marcha encurtadas. A expectativa em torno da versão é muito grande, pois, segundo a Fiat, ela vai representar de 30 a 35% do mix de vendas do Argo.
A Drive parte de R$ 46.800 e, entre os principais equipamentos de série, estão direção com assistência elétrica progressiva, ar-condicionado, quadro de instrumentos com display digital de 3,5 polegadas, banco do motorista com regulagem de altura, cintos de segurança retráteis de 3 pontos para todos os ocupantes, sistema start/stop e dois pontos de sistema Isofix para fixação de cadeiras infantis.
O comprador pode acrescentar câmera traseira e sensores de estacionamento (R$ 1.200); retrovisores elétricos com função tilt-down e vidros elétricos nas portas traseiras (R$ R$ 1.200); Rádio Connect (R$ 1.300) e central multimídia uConnect, com tela de sete polegadas e segunda porta USB para o banco de trás (R$ 1.990).
Em nosso primeiro contato, o Argo mostrou que tem um fôlego bem parecido com o dos principais concorrentes (HB20 e Onix), mas com uma diferença: os engenheiros da Fiat focaram mais no torque, mais importante principalmente para o trânsito urbano. Além de ser ligeiramente maior, o torque chega em baixas rotações (segundo a marca italiana, a 2.500 rpm, o motorista já dispõe de 80% do torque total de 10,9, com etanol). Na prática, isso possibilita mais agilidade, que é importante no conturbado trânsito urbano.
Com dois adultos e ar ligado, encaramos algumas subidas um pouco mais íngremes com o Argo Drive e ele não desafinou. Gritou um pouco, mas foi bem. Nesse momento, ficou claro o bom trabalho de isolamento acústico que foi feito no carro. Outro ponto positivo que pudemos perceber no primeiro contato é que as relações de marcha estão bem escalonadas, sem aqueles “buracos” (queda de rotação) apresentados em alguns modelos da marca. E isso se traduz em menos trocas de marcha. O curso da alavanca é um pouco longo, mas os engates são precisos.
Como não andamos no carro em altas velocidade, podemos apenar dizer que a assistência elétrica da direção está bem calibrada para manobras e em baixas velocidades. A suspensão parece absorver bem as irregularidades, mas não rodamos em nenhuma situação capaz de obter alguma impressão da estabilidade.
Os números de consumo do Argo 1.0, que lhe renderam nota A no Conpet, provam que ele é econômico: com etanol, 9,9km/l na cidade e 10,7km/l na estrada; e com gasolina, 14,2km/l na cidade e 15,1km/l na estrada. Os bons números na cidade contam com a ajuda do sistema Start/Stop, que desliga o motor durante as paradas.
De resto, o acabamento é de bom nível para um carro de entrada, o espaço interno acomoda com conforto quatro adultos e uma criança e as listas de equipamentos, entre itens de série e opcionais, possibilitam equipar bem o carro. O preço é salgado, mas é competitivo frente aos principais concorrentes.
Fotos: Estúdio Cerri/Divulgação
Texto: Eduardo Aquino, de Belo Horizonte
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