Avaliamos a versão mais sofisticada do modelo da marca japonesa, que passou por uma pequena renovação no visual, ganhou importantes itens de segurança, como controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e luzes de frenagem de emergência; e de conforto, como ar-condicionado digital e nova central multimídia.
Nossa avaliação do novo Honda Fit (muitos definem o modelo como sendo um hatch, outros o chamam de minivan) foi realizada principalmente numa viagem de férias de uma semana, debaixo de muita chuva, para um cidade do interior de Minas. Nessas condições, uma das novidades do carro mostrou ser muito eficiente no desembaçamento dos vidros: o novo ar-condicionado digital, cuja tela sensível ao toque o torna fácil de operar. Outros itens que fizeram a diferença sob chuva forte, foram as palhetas dos limpadores do para-brisa, que são do tipo flate blade, mais aerodinâmicas e de design mais limpo.
Outra mudança que é muito bem-vinda no Fit é a nova central multimídia, que é exclusiva da versão que avaliamos: a topo de linha EXL. Ela tem tela de sete polegadas, sistema de navegação integrado e conectividade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Durante a viagem, usamos a reprodução de música via Bluetooth (da lista de reprodução de um celular Android), que funcionou perfeitamente; e recorremos à navegação, cujo mapa forneceu caminhos e localizações precisas.
Um dos pontos que continuam sendo um dos principais atrativos do Fit é a sua versatilidade no aproveitamento do espaço interno. Como haviam apenas motorista e passageiro da frente, pudemos aproveitar a chamada “configuração modular dos bancos”, rebatendo os bancos traseiros e transformando o Fit num pequeno furgão, que ficou parecendo mais um caminhão de mudança (coube bagagem de uma semana, roupas de cama, um móvel velho, compras de supermercado e por aí vai).
Outro item que acabamos testando de modo involuntário no trajeto de volta, quando percorremos um trecho desconhecido, foi o controle de tração e estabilidade, que funcionou de forma precisa em uma curva bem fechada. Já o assistente de partida em rampa foi um equipamento muito importante na cidade, pois quem conhece ou mora em Belo Horizonte tem que lidar com subidas quase o tempo todo. Também foram muito úteis no trânsito urbano o rebatimento elétrico dos retrovisores, quando estacionamos em uma rua estreita; e a câmera de ré, já que a visibilidade traseira não é das melhores.
A dupla motor 1.5 e câmbio CVT proporcionou uma viagem tranquila, principalmente devido às trocas suaves do câmbio (que também podem ser feitas de modo manual, por aletas junto ao volante) e ao fôlego razoável do propulsor que, embora não chegue a oferecer uma performance esportiva, dá conta do recado e prioriza o consumo – segundo o Inmetro, com etanol, ele faz 8,3km/l na cidade e 9,9km/na estrada. Por outro lado, o nível de ruídos de funcionamento do motor incomodou na viagem. Por seu um carro mais alto, o acerto da suspensão surpreendeu por equilibrar bem conforto e estabilidade.
As mudanças no visual incluíram novos para-choques de desenho mais encorpado, grade frontal redesenhada, novos faróis e lanternas. No caso da versão avaliada, a EXL, as novas luzes diurnas em LED foram integradas aos faróis Full LED (durante a viagem, pudemos constatar a boa iluminação do sistema). Quanto às lanternas traseiras, agora com novo desenho e em LED, destaque para o sistema de sinalização em frenagens de emergência ESS (Emergency Stop Signal) que, em frenagens bruscas, piscam automaticamente e de forma rápida e intermitente para alertar o condutor que vem atrás, minimizando o risco de colisões traseiras.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
Ficha Técnica
Motor – Dianteiro, transversal, 1.497cm³ de cilindrada, 16V, que gera potências de 115cv (gasolina) e 116cv (etanol) ambas a 6.000rpm e torques de 15,2kgfm (gasolina) e 15,3kgfm (etanol) ambos a 4.800rpm
Câmbio – Automático do tipo CVT (continuamente variável), com sete marchas virtuais
Suspensão – Dianteira, do tipo McPherson; e traseira, com eixo de torção
Freios – Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Direção – Assistência elétrica
Dimensões – Comprimento, 3,99m; largura, 1,69m; altura, 1,53m; e entre-eixos, 2,53m
Rodas – De liga leve, de 16 polegadas, calçadas com pneus 185/55 R16
Porta-malas – 363 litros
Tanque – 46 litros
Peso – 1.101 quilos
Principais equipamentos – Controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, ar-condicionado digital e sensível ao toque, ajuste de altura do banco do motorista, repetidores de seta nos retrovisores, sistema de rebatimento dos bancos, faróis de neblina, controles de áudio no volante, airbags laterais e de cortina, tweeters no sistema de som, faróis e luzes diurnas em LED, câmera de ré com 3 tipos de visão, apoio de braço dianteiro com revestimento e porta-objetos, acionamento automático de todos os vidros, marcador de temperatura externa no computador de bordo, rodas de liga de 16 polegadas e sistema, retrovisores externos eletricamente rebatíveis, bancos em couro e sistema multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque, com GPS, Android Auto e Apple CarPlay.
Preços – A versão avaliada (EXL) custa R$ 80.900. O Fit também é vendido nas versões DX (R$ 58.600), Personal (R$ 68.700), LX (R$ 70.100) e EX (R$ 75.600).
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