Depois de anunciar o investimento de R$ 500 milhões em uma nova fábrica de motores no Polo Industrial de Betim, a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) voltou a agitar o mercado automotivo. Nesta segunda, 27 de maio, o grupo fez uma proposta de fusão com a Renault, sendo 50% das ações para cada uma das partes.Leiaocomunicadocompleto
Segundo a FCA, a ideia é a criação de um fabricante de automóveis global, que se destaque em termos de faturamento, volumes, rentabilidade e tecnologia. O objetivo será beneficiar os respectivos acionistas e públicos de interesse.
“O negócio teria vendas anuais de aproximadamente 8,7 milhões de veículos, seria uma líder mundial em tecnologias de veículos elétricos, marcas premium, SUVs, pick-ups e veículos comerciais leves, e teria uma presença global mais ampla e equilibrada do que cada uma das empresas separadamente”, diz o comunicado publicado pela empresa em seu site de notícias.
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Proposta em análise
A Renault informou, também através de um comunicado, que o seu Conselho de Administração se reuniu nesta segunda para examinar a proposta recebida.
“Após rever atentamente os termos desta proposta amigável, o Conselho de Administração da Renault decidiu estudar com interesse a oportunidade de uma aproximação, para fortalecer a presença industrial do Grupo Renault e gerar valor adicional para a Aliança. Posteriormente, será emitido um comunicado para informar ao mercado sobre os resultados destas discussões em momento oportuno, de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis”, explica o texto da montadora fracesa.
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Um dos objetivos da fusão é incrementar o desenvolvimento de carros elétricos, como o Zoe da Renault (Foto: Renault/Divulgação)
Combinação de culturas
A FCA ressalta que a fusão não significa fechamento de fábricas ou redução de força de trabalho. O grupo garante que tem um histórico de combinar “com sucesso” fabricantes de veículos de culturas distintas para criar times de liderança fortes e organizações dedicadas a um propósito único.
Os benefícios da combinação dos dois negócios seriam divididos em 50% para os atuais acionistas da FCA e 50% para os atuais acionistas do Grupo Renault.
“Antes do fechamento da transação, de modo a mitigar a disparidade nos valores de mercado, acionistas da FCA receberiam ainda um dividendo de €2,5 bilhões. Adicionalmente, antes do fechamento, haveria uma distribuição das ações da Comau aos acionistas da FCA ou um dividendo incremental de €250 milhões caso o spin-off da Comau não ocorra”, ressalta o informe.
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Vários segmentos
A fusão das empresas ainda criaria um portfólio de marcas que daria cobertura completa de mercado com presença em todos os segmentos-chaves, desde marcas premium e de luxo, como Maserati e Alfa Romeo, até as fortes marcas de acesso Dacia e Lada, e incluiria as muito conhecidas marcas Fiat, Renault, Jeep e Ram, assim como veículos comerciais.
A Renault possui forte presença na Europa, Rússia, África e Oriente Médio, enquanto a FCA tem posição única nos segmentos de altas margens da América do Norte e é uma líder de mercado na América Latina.
A capacidade em evolução da FCA em direção autônoma, que inclui parcerias com Waymo, BMW e Aptiv, são complementadas pelas décadas de experiência do grupo francês em tecnologias de veículos elétricos, sendo a fabricante mais vendida da Europa nesse segmento.
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Da Redação
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