O sedã Virtus chega ao mercado apenas em 2018, mas já tem planos para o Brasil. Ele e mais um monte de outros veículos, que serão lançados até 2020, vão ajudar a Volkswagen a retomar a liderança do ranking de emplacamentos por aqui, perdida há alguns anos para a Fiat e mais recentemente para a Chevrolet.
Parece fácil, mas os alemães e brasileiros que trabalham na montadora aqui sabem que a missão é complicada. Mas não impossível. O novo presidente da empresa na região, o argentino Pablo Di Si – com passagens pela Fiat – acha que vai dar. “Serão novos produtos, todos com muita tecnologia que vai agradar em cheio os consumidores”, acredita.
Uma das armas para a batalha já está no campo de batalha: o Polo, que mal chegou e já abocanhou um monte de prêmio e venceu alguns testes comparativos feitos pela imprensa especializada. Isso é animador.
E em 2018 vem o Virtus, que ainda não tem preço. Mas já se sabe como será: o primeiro sedã construído sobre a Estratégia Modular MQB no País, e com novas referências de design, aproveitamento de espaço e conforto na categoria de sedãs premium.
O modelo é desenvolvido no Brasil, mas vai ser exportado para mercados latinos. À primeira vista, tem uma tem uma personalidade própria, virtuosa – não iria deixar de fazer este trocadilho!
Seu design é dinâmico, com linhas rápidas – especialmente na coluna “C” (após as portas traseiras) – e conectadas, dando ao sedã uma silhueta bem alongada. Na parte dianteira destaca-se o vinco que margeia a entrada de ar e corta o espaço entre o conjunto ótico principal e os faróis de neblina.
No Virtus, as grandes superfícies dos faróis de neblina e indicadores de direção chamam a atenção na lateral. Elas terminam em ângulos com contornos tridimensionais. Entre elas ficam duas entradas de ar: uma em forma de “V” no meio e uma segunda entrada estreita que se estende por toda a largura.
Na lateral, o modelo adota a linha dupla em forma de flecha. Da coluna “B” (aquela entre as portas) para trás, há traços ainda mais alongados e fluídos. Já a traseira apresenta lanternas duplas que conectam os para-lamas com o porta-malas. A placa fica bem ao centro da tampa do bagageiro, entre as lanternas e o para-choque, e conta com um uma moldura na parte inferior, que atravessa toda a traseira.
Com entre eixos de 2,65 metros (exatamente a mesma do Jetta atual), o carro tem dimensões suficientes para acomodar três adultos no banco de trás. O porta malas é bem generoso com seus 521 litros de capacidade.
O painel é totalmente digital Active Info Display e com sistema Discover Media que abriga uma tela sensível ao toque de 8 polegadas e aparência de smartphone, além de três entradas USB. Ele permite o espelhamento de smartphones por meio das plataformas Mirrorlink, Apple CarPlay e Android Auto. No Active Info Display, os instrumentos são implementados virtualmente via software. As informações de navegação podem ser mostradas em 2D ou 3D, em uma tela de 10,25 polegadas, do tamanho de um tablet.
A transmissão automática de seis marchas oferece a opção de trocas manuais sequenciais Tiptronic, operada por meio da alavanca de câmbio ou pelas aletas no volante.
Para movê-lo, eis que tem o já conhecido motor 200 TSI – está no Up! e no Polo também. É um 1.0 turbo que gera a potência de 128 cv com etanol e 115 cv com gasolina a 5.500 rpm. Com ele, o Virtus acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e atinge velocidade máxima de 194 km/h (dados com etanol). Existe a possiblidade de o Virtus ter uma versão com propulsor 1.6 litro aspirado, flex.
O Virtus é equipado de série com ESC – Controle Eletrônico de Estabilidade, que engloba vários outros recursos eletrônicos de assistência: HHC (Hill Hold Control) ou controle de assistência de partida em rampa, HBA (Hydraulic Brake Assist system) ou BAS, XDS+ ou bloqueio eletrônico do diferencial, BSW (Bremsscheibewischer – Limpeza Automática dos Discos de Freio), RKA+ (Monitoramento da pressão dos pneus).
Fotos: Volkswagen/Divulgação
Texto: Luís Otávio Pires
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