Apesar de muitas interrogações, algumas empresas começam a apostar na oferta de motocicletas e scooter elétricos. Antes, o leitor deve estar com a dúvida, quais são as interrogações?
Vida útil da bateria? Perda de eficiência ao longo do tempo — será que não vai ser como as baterias dos nossos celulares que a cada mês encurta o tempo entre as recargas? Valor de reposição? E, no caso de um tombo, o sistema suporta sem gerar um alto custo de reparação? O seguro, quanto custa? Valor de revenda?
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Mas vamos lá, precisa haver pioneiros como fabricantes, vendedores e compradores — os famosos cobaias.
Hitech Electric
A Hitech Electric é uma delas e que está apostando na mobilidade elétrica. Ela lançou uma plataforma digital para oferecer os seus produtos em diversos segmentos, o que inclui uma scooter e uma motocicleta.
A Cu (isso mesmo, não escrevi errado) é uma scooter elétrica com design retrô com traços anos 2020. São três versões: Cu Super Soco — atinge a velocidade máxima de 45 km/h e tem autonomia de 50 quilômetros — a Cux Super Soco — 65 km/h e autonomia de 75 quilômetros —, e a Cux Ducati SS, com o mesmo desempenho da Cux e a diferença dos adesivos alusivos à marca italiana e com o custo dos royalties para a Ducati.
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A roda tem 12 polegadas, então, conheça bem o percurso, pois a lei da física não perdoa buraco com roda pequena.
No site da empresa, ela diz que o custo médio de recarga é de R$ 1,1. Considerando que no Procon há centenas de denúncias de as contas de eletricidade dobraram de valor nos últimos meses, considere R$ 2,2 por recarga.
Mesmo assim é barato, desde que não exista surpresa na hora da manutenção da bateria. O preço parte de R$ 15.500 e chega a R$ 21.800 incluindo os royalties para a Ducati.
Três versões
Agora, a moto também em três versões: TSX, TC e TCmax. Só pelo design dessa moto elétrica, já vale o investimento, seja para tirar uma onda de ecologista em roles pela cidade ou até mesmo para decorar a sala da casa. A TSX e TC tem velocidade máxima de 75 km/h e autonomia de 70 km. A TCmax chega aos 95 km/h e autonomia de “até” 110 km. O preço parte de R$ 20.990 e chega a R$ 34.900.
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Como ocorre no mundo inteiro, os veículos elétricos recebem diversos intensivos dos governos, pois são tecnologias novas competindo com antigas. No Brasil, o incentivo é uma alta carga tributária.
Emplacamento de motos
Da mesma forma com todos os segmentos de veículos, não seria diferente com o de duas rodas. Os emplacamentos de motocicletas tiveram uma queda de 33,93% no primeiro semestre de 2020 (350.290 unidades) em relação ao mesmo período de 2019 (530.152).
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A Honda que sempre registrou participação de mercado próximo aos 90%, aos poucos, vem cedendo terreno para os concorrentes e este ano, no acumulado, apresentou 77,03%, seguida da Yamaha (15,83%), Haojue (1,13%), BMW (1,10%), Kawasaki (0,90%) e outros (4%).
Yamaha Lander 2021
A Yamaha lançou a linha 2021 da trail Lander XTZ 250 ABS. As novidades? Cores e grafismo. A cor bege Dakar Areia é a maior novidade e custa R$ 19.100, um pouco mais caro do que o modelo nas cores azul e preta, R$ 18.090.
No resto, continua tudo igual: motor monocilíndrico de 249 cm3, 20,7 cv de potência a 8.000 rpm e 2,1 kgf.m a 6.500 rpm. Nos seis primeiros meses, a Yamaha teve 6.641 unidades da Lander 250 licenciadas, um pouco menos do que as 9.532 trail Honda XRE 300 emplacadas.
Texto: Marcos Villela
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