Os mais de 500 participantes do Congresso AutoData Perspectivas 2020, realizado em São Paulo, SP, em 21 e 22 de outubro, chegaram ao Hotel Transamérica com dois pontos de interrogação flutuando sobre suas cabeças. Como será o mercado em 2020? Como devo programar meu negócio para atender à indústria de veículos no ano que vem?
Os executivos de algumas das principais montadoras da indústria, de veículos leves, comerciais, máquinas agrícolas e rodoviárias, motocicletas, além de sistemistas e fabricantes de autopeças, conseguiram eliminar um dos pontos de interrogação: o mercado seguirá crescendo em 2020, mantendo a recuperação iniciada há dois anos.
Um dígito?
Embora muitos não tenham cravado números, o consenso nas discussões foi de que a venda de automóveis e comerciais leves crescerá em apenas um dígito porcentual – de 5% a 9%. Com um ou outro líder da indústria mais otimista levantando a questão: talvez 10%, por que não?
Um dígito
No segmento de caminhões as estimativas são um pouco mais modestas, na casa do um dígito mesmo. Este ano as vendas sobem 30% e dificilmente o ritmo será mantido contra uma comparação mais robusta – mas vale lembrar que o discurso era semelhante no ano passado e o mercado surpreendeu as fabricantes.
Rota 2040
O que preocupa os executivos, sobretudo da indústria de automóveis e comerciais leves, é o próprio futuro da indústria nacional. Com a eletrificação, que papel terá o setor automotivo brasileiro? Será produtor ou mero consumidor?
A princípio, importados
General Motors e Volkswagen, duas das principais montadoras instaladas no País, começaram a importar os elétricos. Chevrolet Bolt e Golf GTE estarão nas lojas nos próximos dias.
Fabricante de serviços
A Toyota já se assume uma fornecedora de mobilidade, não mais fabricante de veículos. Aqui no Brasil se aventura em um novo segmento, que chama de carsharing – a tradicional locação de veículos com prazos mais flexíveis. Chamado de Toyota Mobility Services, é a menina dos olhos da companhia japonesa.
Fim da linha
Até a conclusão desta coluna o fato era esse: as linhas da fábrica da Ford no Taboão, em São Bernardo do Campo, SP, param na quarta-feira, 30. O Sindicato dos Metalúrgicos local convocou a imprensa para confirmar a demissão de seiscentos trabalhadores.
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Esperança é a última que morre
Seguem as conversas, porém, da Ford com o Grupo Caoa. A encrenca, segundo o sindicalista Wagner Santana, o Wagnão, está com o BNDES: o grupo de Carlos Alberto Oliveira Andrade precisa financiar uma parte do negócio e o banco de fomento não parece disposto a liberar o dinheiro nas condições desejadas.
Plano B?
O governador João Doria diz, agora, ter uma carta na manga para a situação que se arrasta desde março. Uma montadora chinesa, segundo ele, decidiu investir em São Paulo. E Taboão pode vir a ser uma opção.
Fusão à vista
Agora a FCA conversa com o Grupo PSA a respeito de uma fusão, segundo o The Wall Street Journal. Depois de não dar certo com a Renault, o grupo foi pra cima de outra companhia francesa.
Edição: André Barros e Leandro Alves
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