Para saber como a versão aventureira do Gol, a Track, se comporta em estrada de terra, rodamos com o modelo por vários trechos com este tipo de piso pelo interior de Minas. O hatch tem motor 1.0 de três cilindros, que rende 82 cv com etanol; e ar-condicionado e direção hidráulica de série. Saiba como o Gol Track se saiu na avaliação do Acelera Aí.
Antes de sair para viajar com o Gol Track, bateu uma dúvida: Vamos encarar alguns trechos de estradas de terra ou não? A questão surgiu porque, embora tenha apelo aventureiro, a versão Track não conta nem com suspensão elevada e nem com pneus de uso misto. Mas resolvemos encarar a poeira – a viagem foi numa época de seca em que as estradas não tinham lama e nem terra batida –, já que quem compra um carro como este não vai pensar duas vezes em encarar este tipo de aventura sem radicalismos.
Logo no primeiro trecho, percebemos que o Track exigia um certo cuidado ao transpor buracos, valetas e desníveis. Mas, mesmo sem suspensão elevada, o Gol se saiu razoavelmente bem. Durante toda a viagem, os pneus de uso misto também não fizeram falta, já que os trechos mais difíceis não tinham lama e eram de muito cascalho ou abrigavam uma grossa camada de poeira, que deixou o carro com a cor da carroceria ainda mais laranja. Nesses locais, pudemos constatar a boa vedação das portas e do sistema de ventilação, pois a poeira ficou do lado de fora.
Quanto ao motor 1.0 de três cilindros, ele demonstrou ser bem eficiente no asfalto, principalmente em relação ao consumo. Na estrada, com gasolina no tanque, duas pessoas, ar desligado e mantendo um bom ritmo de viagem, o computador de bordo registrou médias que giraram em torno dos 14 km/l. Mas, na terra, especialmente em algumas subidas, faltou um pouco de força em baixas rotações. O que tinha de ser corrigido constantemente no câmbio, que tem engates macios e precisos. A suspensão se saiu bem na poeira e no asfalto, conjugando bem conforto e estabilidade.
O espaço interno acomoda bem quatro adultos e uma criança. O banco traseiro tem três apoios de cabeça, mas não possui cinto de três pontos para quem senta no meio. O porta-malas tem capacidade compatível com a de um hatch médio (285 litros) e fica na média ao encarar os principais concorrentes.
Foi mais do que o suficiente para uma viagem curta. Mas as pontas que prendem a tampa do bagagito são um pouco frágeis e as duas já haviam quebrado, provocando barulho e exigindo paciência para ser encaixada.
O acabamento interno do Track é bom e deixa no ambiente uma boa impressão. A lista de itens de série inclui ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, ajuste de altura do banco do motorista e sistema de som. Já o pacote de opcionais oferece equipamentos bem interessantes, como computador de bordo, alarme, sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga de 15 polegadas, sistema infotainment “Discover Media” (touchscreen, Bluetooth, comando de voz, navegação e App-Connect); e volante multifuncional. Mas se somar todos, o preço fica bem salgado, ou seja, mais de R$ 51 mil.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
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