Uma resolução da Agência Nacional de Petróleo, em vigor desde o início do ano, ainda é desconhecida de muitos consumidores brasileiros. Ela proíbe, desde junho, a produção e a comercialização de óleos lubrificantes para veículos leves na configuração API SJ e pesados API CG4 no país. São siglas para produtos considerados de baixa qualidade e que não oferecem proteção e motores de carros, caminhões, ônibus, pick-ups e vans que rodam pelas estradas brasileiras.
Segundo a ANP, os lubrificantes devem disponibilizar maior limpeza dos motores, auxílio na redução do consumo do lubrificante, extensão prolongada dos intervalos de troca do óleo e redução na emissão de gases poluentes. Características não atendidas pelos óleos citados acima.
Os infratores estarão sujeitos a penalidades. A agência poderá, a qualquer tempo, submeter o produtor, o importador, o distribuidor, o revendedor atacadista e varejista, e o envasador de óleos e graxas lubrificantes e de aditivos em frascos a vistoria técnica e fiscalização, a ser executada por seu corpo técnico ou por entidades conveniadas, sobre produtos, instalações, procedimentos e equipamentos de medição que tenham impacto sobre a qualidade e a confiabilidade dos termos de que trata a Resolução 22.
Para o coordenador técnico da Total Lubrificantes, Fábio Silva, essa movimentação abre espaço para tecnologias mais modernas, menos poluentes e altamente sustentáveis e seguras. “Todos ganham com isso, pois o óleo cumpre uma série de requisitos de fabricantes e critérios que garantem o seu tipo, qualidade, viscosidade e desempenho”, acrescenta.
Os técnicos da YPF, outro fabricante de lubrificantes no País, observam que o movimento das peças internas do motor – pistões e camisas, bronzinas e virabrequim, comandos de válvulas, balancins e tuchos – exige que o lubrificante seja fluido e esteja na viscosidade correta para circular com facilidade e ocupar os espaços entre as superfícies, evitando o atrito e desgaste.
Segundo a empresa, o calor, por sua vez, requer do lubrificante resistência adequada às alterações causadas pelo aumento da temperatura. A principal delas é a alteração na sua viscosidade. A alta temperatura fará com que viscosidade seja insuficiente para a lubrificação do motor e uma manhã fria de inverno bastará para que ela suba inaceitavelmente acima do ideal.
E destaca que a tecnologia atual exigida pela ANP permite a formulação de óleos lubrificantes denominados multiviscosos, que tem a propriedade de não variar radicalmente sua viscosidade frente às mudanças de temperatura.
Trocar é preciso
Enquanto a ANP retira de circulação lubrificantes de baixa qualidade, alguns distribuidores abrem suas asas no mercado. Caso do novo posto de troca de óleo rápida ou ROC (sigla de Rapid Oil Change) na cidade de Unaí, a 500 quilômetros de Belo Horizonte, inaugurado sob a bandeira da Total.
Com 330 m2, cinco boxes de atendimento, a loja fica no centro daquela cidade no Noroeste mineiro e já atende cerca de 30 clientes por dia, sendo 40% pick-ups, e abrange pelo menos outras cinco localidades, tais como Buritis, Arinos, Riachinho, Natalândia e Brasilândia. Totaliza cerca de 180 mil pessoas atendidas, numa região onde a economia gira em torno do plantio de feijão e soja.
O sócio-diretor, Mauro César, observa que o ROC de Unaí, funciona como uma espécie de centro automotivo, realizando ainda serviços de manutenção em suspensão e freio, troca de pneus e alinhamento e balanceamento de rodas.
Além de Unaí, a Total possui mais cinco unidades ROC em Minas. Há outras 26 em São Paulo, três no Rio, sete no Distrito Federal e um no Paraná, totalizando 46 em todo o País.
Fotos: Total Lubrificante/Divulgação e Arquivo A.
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