Uma das principais encarroçadoras de ônibus do País, a Marcolo desenvolveu um novo modelo para veículos urbanos que promete agradar gregos e troianos: o dono da transportadora, o motorista e o usuário do transporte urbano das cidades. Chamado de Torino S (o “S” significa Soluzione ou solução, em português), o novo modelo também espera garantir a gorda fatia da empresa em alguns mercados, como o de Minas, onde possui quase 50% de participação.
A nova carroceria é uma evolução da Torino, a mais vendida da marca, e pode ser montada sobre chassis/motor das principais montadoras do País. São 24 diferentes configurações para os principais modelos de chassis urbanos vendidos no Brasil, de 11.200 mm até 13.200 mm de comprimento, tais como os Mercedes-Benz OF 1519, OF 1721 e OF 1721 L e os Man VW 15.190 OD e VW 17.230 OD.
A expectativa é vender cerca de 300 unidades por ano da nova carroceria para transportadoras da Grande BH. Quem já fez a primeira encomenda foi a Viação Pássaro Verde, mas outras podem fazer seus pedidos, já que as entregas começam a partir de agosto. Cada modelo custa, em média, cerca de R$ 200 mil, sem contar o chassis/motor, que deve ser enviado à fábrica localizada em Xerém, na Baixada Fluminense, no Rio.
O diretor comercial da Marcopolo, Paulo Corso – que esteve m Belo Horizonte nesta semana para apresentar a nova carroceria aos empresários mineiros -, observa que o Torino S possui características que garantem uma redução no custo de manutenção entre 5% e 8%. “Nesta época de crise por que passamos, qualquer economia significa maior competitividade para as empresas”, acredita.
Além da eficiência operacional, o Torino S foi desenvolvido ao longo de dois anos para garantir uma manutenção simplificada e mais rápida. A encarroçadora se preocupou em desenvolver um produto que ofereça uma operação mais eficiente. Por isso, conseguiu diminuir a necessidade de itens de reparo em estoque nas garagens, adotando alguns artifícios, tais como vidros laterais intercambiáveis, saias laterais retas, faróis redondos com lâmpadas de LED e as várias opções de chassis. “Analisamos os hábitos de compra dos principais clientes brasileiros e buscamos a padronização de componentes e opcionais, para reduzir o tempo para fornecimento do produto”, acrescentou o diretor de engenharia, Luciano Resner.
A Marcopolo explica que fez mudanças internas para melhorar o conforto para o motorista e passageiros. O posto de condução foi redesenhado para ampliar a área e melhorar a ergonomia, além de facilitar o acesso aos comandos, garante o fabricante. O painel de instrumentos voltou a ter teclas – a Marcopolo havia instalado botões digitais, que geraram críticas. Foi feito ainda um novo isolamento acústico na área do motorista, que passa a não sofrer com o calor e com menor barulho.
No “salão” – como é chamada a área onde ficam os passageiros em pé e assentados -, os assentos e pisos ganharam revestimento em vinil, que resistem melhor à pressão de água, afinal, ônibus urbanos não são lavados com paninho. Levam mesmo fortes jatos de água e muito sabão.
Fotos: Eduardo Aquino e Marcopolo/Divulgação
Texto: Luís Otávio Pires
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